Procissão marca canonização do padre João Piamarta

Para comemorar a canonização do padre João Piamarta e o aniversário de 60 anos da paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, católicos de Fortaleza participaram de uma procissão, na noite de ontem, pelas ruas dos bairros Benfica e Jardim América. Segundo o Corpo de Bombeiros, aproximadamente duas mil pessoas participaram do evento. A caminhada partiu da paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, às 18h20min, e terminou com a celebração de uma missa pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio, na praça localizada em frente à paróquia aniversariante, no bairro Parreão.

De acordo com o padre Sidney Felski, tradicionalmente a procissão de aniversário da paróquia ocorre no quarto fim de semana de outubro. As eleições deste ano, entretanto, alteraram o calendário dos festejos e, por “feliz coincidência”, a data casou com a canonização do padre, agora São João Batista Piamarta.

Beatificado pelo Vaticano em outubro de 1997, o padre foi sagrado “santo” pelo papa Bento XVI na manhã de ontem, em Roma, juntamente com outros seis beatos. O motivo da santificação, conforme contou o padre Sidney, teria sido um milagre realizado justamente em Fortaleza, no bairro Montese.

“Em resumo, em 2003, um senhor paroquiano estava engasgado com uma espinha de peixe, que desceu e ficou alojada no intestino, causando uma infecção generalizada”, explicou o padre. O homem, continua o padre, foi desenganado pelos médicos. Então, uma novena foi rezada invocando Piamarta. “Foi quando as coisas começaram a melhorar”, disse o religioso. Após quatro anos de investigação, o Vaticano constatou que não havia explicação científica para a cura do enfermo. O milagre de João Piamarta foi reconhecido.

Apesar de o milagre reconhecido ter ocorrido no Montese, o italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913) nunca esteve no Brasil. Entretanto, as obras do religioso, voltadas para os jovens, deram origem à Congregação Piamartina, que atua no Brasil, Itália, Chile, Angola e Moçambique. “Para nós, católicos, é como se agora tivéssemos mais uma seta para Deus” , disse Renato Mesquita, 60 anos.Fonte: O Povo